O processo da Comunicação Humana é um fator relevante e indispensável para os relacionamentos intra, inter e extrapessoais, sociais, econômicos e culturais da humanidade.
Ele é responsável pelos fatos positivos, agradáveis ou negativos e desagradáveis que aconteceram, acontecem e/ou acontecerão na vida das pessoas e dos grupos humanos. De certa forma o processo da comunicação determina os rumos da história dos homens, está presente e acontece, efetivamente, desde os primeiros tempos do aparecimento dos seres humanos sobre a face da Terra. E se realiza de diferentes maneiras como, linguagem oral, escrita, por meio de expressão gestual, etc., estruturando-se através de, no mínimo, cinco elementos distintos assim denominados: emissor, receptor, mensagem, canal e códigos. Um desses elementos, o canal, é responsável pelo transporte e transmissão da mensagem decodificada entre os outros elementos, o emissor e o receptor, fazendo com que o processo se concretize. Dentre os inúmeros canais que podem ser identificados como livros, revistas, jornais, telefone, rádio, televisão e assim por diante. Para aprofundar nossa reflexão, tomaremos alguns elementos em separado, como o emissor, o receptor, o canal, deixando os demais para uma outra ocasião. Quem é o emissor? Aquele que emite a mensagem. Será sempre uma pessoa. Aquele que escreve, o escritor. Quem é o receptor? Aquele que recebe a mensagem. Também será sempre uma pessoa. Aquele que lê, o leitor. O que é o canal? È aquele elemento que contém, conduz e transmite a mensagem. Aquele que apresenta a mensagem, o livro, por exemplo.
O Escritor rebusca em sua memória, trabalha com o raciocínio, com o pensamento a imaginação, cria e aperfeiçoa o juízo transformando-o em mensagem que é conduzida ao leitor que a decodifica, interpreta, compreende, aceita-a, acolhendo-a e assimilando-a de forma a modificar seu comportamento e a própria vida. Assim uma das mais ricas formas de comunicação humana, além da fala é a escrita. Escrever é o ação que perpetua tudo o que se refere a vida, inclusive eterniza a própria existência do ser. Ler é o sublime ato de receber, conceber, gestar e recriar a mensagem escrita, fazendo dela um dos imperativos da vida. Ler é experimentar, depois de um certo tempo, o que o autor vivenciou em sua época.
Entre escrever e ler não existe muita distância. Embora este segundo seja mais amplamente utilizado e o qual, de fato, transforma o “modus vivendi” de qualquer pessoa e do mundo inteiro. Até mesmo o escritor escreve, porque um dia leu. A leitura é tão importante e necessária para o espírito e ao psiquismo, como uma vitamina, uma caloria, a luz, o ar, a água, o alimento e o próprio oxigênio para o organismo biológico do ser humano. Ler é prolongar a vida, inclusive a vida biológica. Existem estudos que indicam a leitura como um dos excelentes recursos para fortalecer, vitalizar, perpetuar neurônios e outros recursos da vida humana. O maior anseio do escritor é que o leitor lhe compreenda, diz o poeta, e eu acrescento, o maior anseio do leitor é viver e, me arrisco, o leitor encontrará a vida no ato de ler.
* Amani Spachinski de Oliveira
Filósofo, Escritor, Poeta.
Membro da Academia Mourãoense de Letras. Presidente da AME – Associação Mourãoense de Escritores de Campo Mourão Paraná.
Transcrevo a seguir a nota publicada pela competente colunista social de noss Cidade, Cidinha Coletty em sua página: